Juldomar Guimarães Amorim

Uma vida dedicada à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Essa é a história de Juldomar Guimarães Amorim. Ele lembra que tudo começou em 1969, quando assumiu como mensageiro dos Correios em Santa Vitória.
Historicamente, a agência dos Correios de Santa Vitória começou a funcionar em 1946, na residência de Dona Irany Moraes Paranaíba, localizada na Rua São Paulo. Na época, as correspondências eram trazidas de Ituiutaba a cavalo, pelos irmãos Genésio e Reynaldo Franco de Moraes. Posteriormente, foram trazidas através da jardineira de João Martins de Assunção.
Neste posto dos Correios, as correspondências eram colocadas num escaninho, em ordem alfabética, e a pessoa teria de se locomover até o local para pegar a carta, ou perguntar se havia alguma correspondência para si.
No auge dano de 1969, o escaninho do posto dos Correios estava abarrotado de cartas. O motivo é que as pessoas não iam até o local para a devida procura.
Então, Dona Irany procurou o prefeito José Franco de Gouveia e disse:
– Zezeca, eu vim aqui pedir a você que arrume um menino para entregar as cartas, porque tem muita carta acumulando lá no “correio” e o povo num tá procurando.
De imediato, o prefeito autorizou Dona Irany a contratar então um garoto, para que fizesse a entrega das cartas na cidade, ou seja, de trabalhar como carteiro.
Depois de algumas sondagens pela cidade, foi contratado o jovem Jomar Guimarães Amorim, porém, no Dia D de começar no batente, o rapaz desistiu. Então, em seu lugar, foi o irmão Juldomar Guimarães Amorim, o popular Juju. Na época, ele tinha apenas 13 anos de idade. Posteriormente, em 1975, Juju foi efetivado na função, quando teve seu salário melhorado.
Juju, que é natural de Ituiutaba, nascido em 18 de junho de 1956, é filho do casal João Amador Amorim e Dagmar Guimarães Amorim e moram em Santa Vitória desde 1966.
Na vida afetiva, se casou com Vilma Guiomar de Brito Amorim, em 14 de julho de 1984, em cerimônia celebrada pelo Irmão Lázaro. O casal tem dois filhos: Kariny e Marcello.
Hoje, aos 59 anos de idade, ainda atua na agência dos Correios em Santa Vitória, aliás, já são 46 anos ininterruptos na prestação de serviços, com milhares de quilômetros percorridos, levando diversos tipos de mensagens às residências nos quatros cantos da cidade.
O servidor, que não mais atua na entrega de correspondência – devido a problemas na articulação dos joelhos (adquirido devido ao serviço) – conta que tem orgulho de ser funcionário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. “Minha vida foi nos Correios, aliás, é onde tiro o sustento de minha família. Não tenho palavras para descrever o carinho e a satisfação da oportunidade que tive para trabalhar nessa empresa”, enfatizou.

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