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Visita guiada à Serra do Tatu sensibiliza participantes à proteção, identidade e memória local

Na última quarta-feira (10), cidadãos santa-vitorienses tiveram oportunidade de participarem da IIª visita guiada à Serra do Tatu, um dos bens tombados pelo município e registrado pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais

Visita guiada à Serra do Tatu sensibiliza participantes à proteção, identidade e memória local

Uma estrutura foi montada pela administração 2017/2020 com o intuito de receber as caravanas que participariam do momento cultural e, também, orientá-las sobre o percurso da trilha até o cume da serra.

A ação representa um dos desdobramentos da política preservacionista municipal e valida o compromisso do poder público na conscientização dos cidadãos sobre a preservação e a memória.

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No local, o Prefeito Municipal Salim Curi; o vice-prefeito Renato José de Paula; a Secretária Municipal de Educação e Cultura Francisca Vânia; a Presidente do Conselho do Patrimônio Cultura Maria das Dores; o Historiador Cláudio Scarparo; o Secretário Municipal de Agropecuária e Meio Ambiente, Roberval Domingues Pereira e o Sargento da Polícia Ambiental Crézio Luiz recepcionaram os visitantes e esclareceram sobre a importância das ações que circunscrevem a Cultura de Preservação, ilustrando, a céu aberto, o perímetro da área preservada, pela lei municipal de Patrimônio e realizando considerações sobre identidade e memória.

Segundo a Secretária de Educação, Francisca Vânia, a visita à Serra representa uma das ações que materializa o Currículo das Escolas da Rede Municipal de Ensino, por meio da disciplina Educação Patrimonial.

Na oportunidade, os alunos da Escola Municipal Nossa Senhora das Graças e os jovens e adolescentes do Projeto Plantando o Futuro do CRAS – Centro de Referência da Assistência Social – Geni Braga participaram do evento, alinhando os conhecimentos teóricos realizados por meio do Projeto Educação Patrimonial e a vivência realizada no percurso até ao bem tombado.

A subida até a serra teve como objetivo fazer com que os presentes experimentassem outras perspectivas sensoriais presentes no cerrado: o cheiro da vegetação, a aspereza dos troncos das árvores, o paladar de alguns frutos e, principalmente, a vista lá de cima, onde se podia contemplar um imenso vale verde que contorna todo o perímetro da área tombada como patrimônio histórico municipal. Para isso, antes de realizá-la,

O trabalho consistiu em uma visita orientada pelo guia Adilson Marques e pelo Historiador Cláudio, provocando o “olhar” dos participantes para a região onde se encontra o bem tombado, através da linguagem visual.

O trabalho foi conjugado com os relatos, apresentados pelos moradores do local: Darci Martins Clemente; Romildo Clemente de Paula e Alvando Lima que sensibilizaram todos os presentes para o aspecto religioso, descrevendo o processo em que se deu a construção de uma capela, no alto da serra.

“Quando nos deparamos com esses relatos, internalizamos a identidade com o local, pois existe, nesses relatos, a relação do indivíduo consigo mesmo e com o ambiente onde vive, fazendo-o pensar sobre o que isso reverbera em sua identidade”, pontuou o Historiador Cláudio Scarparo.

Para a Presidente do Conselho do Patrimônio Cultural Maria das Dores, esse evento pode ser considerado uma aula a céu aberto, em que todos desfrutam dos saberes populares e realizam pesquisas “in loco”. A presidente do Conselho aproveitou o ensejo para agradecer, em especial, a todos os patrocinadores que contribuíram e apoiaram para o sucesso de mais uma visita guiada.

Na ocasião, a Secretaria de Meio de Ambiente distribuiu mudas típicas da vegetação do cerrado como símbolo e ação de reflorestamento no entorno do bem considerado Patrimônio da Comunidade local.

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